quinta-feira, 29 de abril de 2010

Teatro para o dia das mães II

Trocando de mãe
Personagens: narrador, dona Filó, Fernandinho e os bichos: coruja, gata, porca, cachorra.




Obs: Os bichos poderão ser caracterizados através de máscaras.



Ambiente: No centro deve estar a cama do Fernandinho. As outras cenas devem estar nos cantos. Os personagens podem falar os diálogos ou fazer mímicas, enquanto op narrador falar.



Introdução: (entra um avó)



Avó = De repente... não mais que de repente... tornei-me avó! E descobrir uma alegria diferente, diferente da alegria de ser mãe.



Se avó é: descontração, curtição, relevância das faltas infinita paciência e..carinho, muito carinho.



E descobrir a diferença e o prêmio de ser avó, porque: a mãe, grande educadora, imbuída da enorme responsabilidade de dar formação, de tornar os filhos cidadãos úteis, preparados para a vida - vive tensa, vigilante, esgotada de suas reservas de energia, paciência e controle.



Com isso, muitas vezes, deixa de viver a parte alegre do convívio e da descoberta, do desabrochar do filho.



E, as vezes, as tensões crescem tanto que o carinho, o abraço, o afago, ficam esquecidos.



E, de repente.. não mais que de repente... os filhos estão crescidos, saindo para o estudo, para o casamento, para a vida...



A coisa mais importante da relação mãe-filho é com toda certeza o amor.



Aos filhos que, muitas vezes gostaria que a mãe fosse diferente, pedimos que pensem que essa mãe que vocês têm também esta crescendo e, por isso mesmo, caindo e se levantando, mas, sempre animada pelo amor mais bonito do mundo: o amor de mãe!



Narrador: Estava difícil o dia a dia na casa de dona Filó! Aquele seu garoto era uma parada:



Irrequieto como um vaga-lume, teimoso como um burro de carga.



Por outro lado, dona Filó... bem dona filó era fogo! Cheia de amor pelo seu Fernandinho, disposta a fazer dele um cidadão respeitável, útil a sociedade - quem sabe, até um presidente da República! Por que não!



Dona Fila era uma mãe vigilante, cheia de normas, tanta disposição, certamente, esbarrava no jeitão de Fernandinho. E era aquele choque constante e desgastante onde o amor,- ora o amor! - o amor ficava bem lá no fundo do coração e da mente, nos momentos de trégua!



Então, na casa de dona filó era aquele constante pingue-pongue:



- Fernando, já para a cama!

- -Ai mãe, deixa eu ver essa filme!

- Menino, já tomar banho!

- Ta querendo que u vire pato.

- Com as verduras, menino! Olha as vitaminas!

- Não estou vendo nada de vitamina aqui não!

- Fernandinho sai da rua menino! Na para dentro!

- Puxa vida, não posso nem arejar um pouquinho!

Bom vai, bola vem, no fragor da batalha, certa noite, vamos encontrar nossos heróis num momento muito especial. Eu diria terno, comovente:





CENA 01:



(entra Fernando e a mãe e vão em direção da cama e se ajoelham e Fernandinho faz uma oração.)



Fernandinho - Em paz me deito para dormi, guarda-me, ó Deus em teu amor. Abençoa papai e mamãe! Amém. Benção, mãe!



D. Filó - Deus te abençoe, querido! Eu te amo!



Fernandinho - Também te amo, mãe! Te manhã!



(dona Filó cobre o filho e sae de cena dizendo as seguintes palavras para si mesma)



D. Filó - Tão querido o meu menino! Ta ficando um homenzinho!



(Fernandinho começa a murmura depois que sua mãe sae de cena.)



Fernandinho: Eu te amo, eu te amo!... Não Agüento mais! Por que minha mãe não é sempre assim! Tem hora que me dá vontade de (bocejando) trocar de mãe! Ah...se fosse possível!



(Fernando adormece e sai de mansinho da cama e começa a caminhar resmungando):



Fernandinho: Dormi cedo, ora bolar,eu gostaria que minha mãe fosse um coruja!





CENA 02:



(Fernandinho caminha em direção da árvore)

Fernandinho: Ba Noite dona Coruja, posso ser seu filho!

Coruja: UH,uh,uh! Pode sim, menino!



(então Fernando pega a mascara de coruja e usa, e enquanto o narrador fala ele vai pulando de alegria para lá e para cá.)



Narrador: Foi uma festa: Fernando balaçou-se nas árvores, pulou, brincou. Hás vezes seus olhos ficavam pesados, mas logo Mãe-coruja fazia uh, uh, uh! E ele voltava a brincar. Ao raiar do dia, Mãe-Coruja disse:



Coruja: Uh,uh,uh! Já para o ninho Fernandinho, vamos todos dormi!



Fernandinho: Dormi, eu não posso mãe coruja, preciso ir para a escola, ver meus amigos, estudar e...



Coruja: Uh,uh! Obedeça, corujinha!



(neste momento Fernandinho Lara a masca cair no chão e sai correndo para o outro lado)



Fernando: Ufa escapei por pouco! Que fria! Eu vou lá querer dormi de dia, perde o sol, meus amigos, a escola! Eu hein! O jeito é arrumar outra mãe!



Narrador: Fernando ficou pensando...e se lembrou de uma coisa que ele detestava: Tomar banho!



Fernando: Já sei, vou arrumar uma mãe que detesta tomar banho assim como eu. Vai ser super legal...



CENA 03



Fernandinho: Bom dia, dona Gata, poso ser o seu filho!



Gata: Miau, Miau, miau1 Pode sim, menino!



(Fernando pega então a mascara de gato)



Narrador: Foi uma festa! Sem sobra de chuveiro a vista, Fernandinho deitou e rolou com os gatinho e de quebra, subiu em muros e telhados. Mas lá pelas tantas, mãe-gata, disse:



Gata: Hora do banho, gatinho!



Fernandinho: banho! Mas gato não gota de água!

Gata: Mas gosta de limpeza! Deite-se ai e trate de se lamber, até ficar brilhando! Miau, miau, miau!

Narrador: Fernando saiu correndo bem depressa, imagine só banho de língua...

Fernando: (joga a máscara de gato no chão) Uhg! Eu lá tenho cuspe p´ra tudo isso! Uhg, que nojeira! Mil vezes o chuveiro..hum, o sabonete cheiroso... a toalha felpuda! Ai,ai o jeito mesmo é arrumar outra mãe!



Narrador: E Fernando ficou pensando de que jeito podia ser essa sua nova mãe!



Fernando: Hum, deixe-me pensar, uma mãe que não ligasse para as tais vitaminas.. já sei!



CENA 04



Fernandinho: Bom dia, dona Porca, posso ser seu filho!

Porca: Oinc, oinc, pode sim, menino!

(Fernando pegua então a máscara de porco.)



Narrador: Foi uma festa! Fernando entrou no chiqueiro, patinou na lama, lambuzou-se inteiro! Até que lá pelo meio-dia, mãe-Porca disse:



Porca: Hora do almoço , porquinhos!



Narrador: Legal, pensou Fernando, que estava com muita fome. Correu com os porquinhos para o cocho e quando viu a comida, a amigos quando ele viu a comida, ficou sem cor!



Porca: Oinc, oinc! Come filhinho!



Fernandinho: Uhg! Comer, eu não posso nem ver essa, huh lavagem!



Porca: Oinc, oinc, come já! Ai tem vitamina,proteína, sais minerais, ferro, cálcio...oin...oic...!



Narrador: Comer aquela lavagem, com certeza não, Fernando sai correndo e bem depressa...



Fernando: (jogando a mascara do porco no chão). Eca que horror! Ai, ai, que saudade da mesa arrumadinha, dos pratos, dos talheres e do copo limpinho! Pensando bem, até que aquelas cenouras e abobrinhas são gostosas... e o picadinho de carne... e o macarrão... hum, que fome!



É o jeito é eu arrumar outra mãe! Hum... eu gostaria de uma mãe que me desse liberdade, que me deixasse brincar na rua o tempo todo! Hum..seria bom demais...já sei!



CENA 05



Fernando: Boa tarde, dona Cachorra, posso ser seu filho!



Cachorra: Au, au, au, pode sim, menino!



(Fernando pega a máscara de Cachorro.)



Narrador: Foi uma festa, Fernando fez correrias e estripulias pela rua abaixo. Assustou as crianças que vinham da escola, rosnou para um gato que correu, para cima do telhado, mas... acabou ficando cansado, com sono. Foi quando a Mãe Cachorra disse:



Cachorra: Au, au, au, hora de dormi, meus cachorrinhos! Vamos todos para a lata de lixo dormi.



Fernando: Epa espera ai, dormi atrás de uma lata de lixo, nesse chão duro, eu não posso dormi, não durmo mesmo.



Cachorra: Pode sim seu cachorrinho vira-lata!



(faz uma voz de raiva e começa a latir para oi Fernando)



Cachorra: Au, Au vai dormi agora mesmo,au, au,au...



(Fernando então larga a mascara no chão e sae correndo gritando...e depois se enfia na cama)



Fernando: Mãe, manhê! Dona Filó!



(neste momento joga a coberta sobre a cabeça, e depois de 5 segundos de silencio começa a gritar...)



Fernando: Mãe, manhe!



(Dona Filó entra em cena ouvindo os gritos o Fernandinho, chega até a cama e começa a abraçar o filho)



Filó: Que foi filho.

Fernando: Nada não mãe, não foi nada, foi só um pesadelo!

Filó: Dorme meu filho, volte a dormi ta...

Fernando: Ta mãe! Eu te amo!

Filó: Eu também te amo,meu filho!



(A mãe sae de cena e o Fernando fica murmurando)



Fernando: Eu te amo, eu te amo, mãe, pois a senhora é a melhor mãe do mundo! Sabe de uma coisa vou orar e agradecer a papai do céu esse presente maravilhoso que e a minha mamãe.



(neste momento ele sae da cama e começa a orar. Poderá entrar algumas crianças vestidas de pijamas e dobrar os joelhos para que possam fazer uma oração, que poderá ser feita por um locutor escondido).

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